domingo, 20 de março de 2011

I get high with a little help from my friends




Hoje acordei num pulo. Aquele mês que eu tanto queria que chegasse estava da noite pro dia, PERIGOSAMENTE PRÓXIMO. Eu queria tanto, ansiava tanto, e de repente a única sensação que eu tinha ao pensar em Maio era a de medo. Sabe quando você fica com vontade de segurar o tempo? Pude até imaginar um calendário e eu o empurrando com os pés pra que não chegasse.
Eu queria também ter saído de casa, visto pessoas, feito coisas, me divertido de verdade. Mas fiquei em casa. "Vou tirar o dia pra estudar, organizar minha mente e o meu espaço", pensei. É o que eu penso todos os dias pra ser sincera, mas algo dentro de mim está errado a ponto de nem sequer deixar que eu enchergue as coisas ao meu redor. Acho que isso se chama egoísmo, egoísmo e comodismo. Coisas que costumavam me dar nojo.
É compreensível que eu mude, afinal tudo mudou ao meu redor. Mas tenho que admitir que ando agindo como uma filha da puta de uns tempos pra cá.
De uns tempos pra cá eu tenho percebido coisas que antes eu não percebia e sentido coisas que antes eu não sentia por bloqueio mental talvez. Tenho notado em pequenos atos, grandes amizades. Na verdade, apesar de ter começado o texto com um assunto aparentemente diferente eu vim até aqui com a intenção real de escrever sobre amizade.
Amigos, sejam os antigos, sejam os recém-nascidos, vocês estão sendo de extrema importância na minha vida principalmente nessa nova fase que está assustadora. Sei lá, só queria agradecer. Momentos como uma tarde explorando escadas da faculdade, madrugadas no telefone falando de coisas nojentas e fazendo planos, caminhadas desnecessárias porém cheias de assunto, viagens longa servindo de travesseiro no ônibus, confissões inconvenientes sob estado de embriaguez, risadas excessivas no pântano, filmes perturbadores num dia frio, ligações inesperadas, sabedoria inesperada, tanta coisa!
Vou citar nomes, porque... sei lá, hoje eu quero citar nomes: Renan, Tim, Amir, Daniel, Mayara, Luciana, Djowa, Carol e até o Nicholas hahah. Porra cara, a Carol vai casar, como assim? A gente virava a noite jogando Dynavision até um dia desses e agora ela vai casar? Isso é assustador, dá a impressão de que estou ficando velha.

Blá, já to perdida aqui na brisa do sono. Boa noite.




e a gravidade não te impede de voar


quarta-feira, 9 de março de 2011

Levei um tempo pra entender...


O orgulho sempre me impediu de escrever sobre isso. Ele na verdade é o que me impede no momento de dizer sobre o que eu estou falando. Apesar disso, ultimamente venho o quebrando com uma frequência não-normal ao que estou acostumada, uma frequência e intensidade que me causa agonia, um quase-arrependimento. Só não me arrependo de fato, porque o orgulho não deixa. Entende?

A verdade é que estou tapando buracos à vácuo. Não estou errada, pelo contrário. Mas tenho que por na cabeça que isso uma hora vai me cansar e perderá sua função principal.

"Uma hora". Tempo é algo engraçado no meu universo. Nunca cumpri prazos pré-estabelecidos pela cultura, não porque eu não quis. Na verdade eu não consegui, não entendi como era pra ser feito, achava tolice e um pouco fútil correr atrás do tempo pra acompanhar a massa. E agora estou aqui, muita coisa em pouco tempo, DO NADA, e as consequências JÁ estão aqui me assolando como se eu já estivesse totalmente acostumada.

É tão vazio e ao mesmo tempo me preenche... Encontrei qualidades no que parecia um erro, encontrei defeitos no que parecia ter sido feito sob medida. Não vou me moldar nem me adaptar, é clichê dizer isso, mas é a chave pra sair dessa auto-destruição.

Essa é a minha maneira de falar sobre algo comum à todos, porém difícil pra mim.

"Ter memória é não ter paz"
(Ironia do destino colocar essa frase aqui, mas no momento é o que me traduz)

quinta-feira, 3 de março de 2011

Coldness .

Se tento descrever e passar em palavras o que tem sido os últimos dias a única coisa que me vem em mente é WTF.

A sensação de acordar as 6:30 com o barulho das pessoas da escola entrando e saber que eu não estou atrasada.

Coisas diferentes que há alguns anos eu não imaginava que eu pudesse fazer.

Lugares, pessoas, ideias, sensações TUDO NOVO.

E olha que o principal ainda nem começou oficialmente.

Eu sempre fico receosa quando começa o tempo frio. Parece loucura, mas o meu humor está diretamente relacionado com a temperatura. Ontem eu andando na rua estava tudo bem, estava frio, garoando, mas estava tudo bem porque eu não estava parada e não estava sozinha. Quando cheguei em casa, tirei a blusa e senti o gelado tudo mudou inconscientemente. Eu estava com raiva, achando tudo uma merda e queria que aquilo passasse, ao mesmo tempo eu sabia que iria passar, assim que eu entrasse no ônibus e fosse pra etec. No caminho fui refletindo novamente sobre o controle que nós mesmos possuímos sobre os nossos sentimentos/sensações. Por que não utilizá-lo? Uma das possíveis respostas seria porque sem altos e baixos a vida não teria graça. A outra foi: burrice e preguiça intelectual.

Conclusão
O frio me traz o medo de que tudo o que está bom chegue no fim. Meu cérebro deve estar acostumado a relacionar o frio com tempos ruins na minha vida. Dessa vez eu vou enfrentar