terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

o tempo é só meu quando ninguém registra a cena?




Dia incomum.
Acordei, tomei um banho e como quem vai ali na padaria, aceitei o convite da minha mãe e fui pra Santos buscar meu pai. Tirei fotos da estrada e da paisagem o caminho todo. Isso é mais legal do que parece, foi relaxante e inspirador.
Criei um certo egoísmo sobre as imagens. Não tirei foto de algumas, quis guardá-las só pra mim. Sabia que não daria tanto valor se pudesse vê-las novamente. Foi um daqueles dias em que as nuvens parecem montanhas de gelo.
O quão insano é guardar pra si uma imagem mental esperando um dia encontrar um lugar parecido baseando-se numa illusão de ótica?

"Retrovisor é passado
É de vez em quando... do meu lado
Nunca é na frente
É o segundo mais tarde... próximo... seguinte
É o que passou e muitas vezes ninguém viu
Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento
Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento
Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas
Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas
Deixa explícito que se vou pra frente
Coisas ficam para trás
A gente só nunca sabe... que coisas são essas"
(Amém - O Teatro Mágico)

Um comentário:

  1. "Sabia que não daria tanto valor se pudesse vê-las novamente"

    quando agente tem.. não damos valor
    quando se perde mesmo na memória as lembranças se fixam em tudo ao redor, não e ilusão de ótica e sentimento.

    te amo nega <3

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